Interrogação do Painel do Paim: 
E  a eleição do  Vice-Presidente Michel Temer (de mão beijada, com o  prestígio do Lula e  da Dilma), sem os votos até de governadores do seu  partido, como é o  caso do italiano André Puccinelli (MS), além de quase a  metade do PMDB  ter apoiado Serra. Isso, não conta?
O vice tem de ser incluído no cota do PMDB, sim senhor! 
Quem   garante que os Parlamentares do PMDB, eleitos em coligação de   governadores de outros partidos ou a governador  do PMDB anti-Lula,   anti-Dilma e anti-Temer, irão apoiar o Governo, no Parlamento?
A cota de ministros para um "partido de aluguel" e não apenas "barriga de aluguel" está de bom tamanho e olhem lá!...
Chega de "criar cobras"!
Zeca do PT (MS) tinha razão.
A   presidente eleita tem sim que prestigiar governadores e partidos que a   apoiaram verdadeiramente e não apenas o PMDB "goela grande".
Dilma não pode ficar refém, no Congresso, de um partido e de seus integrantes fisiológicos.
Pelo   preço que o governo paga pela (in)fidelidade do PMDB (o partido do   "toma lá da cá", até a oposição votará com o Governo. (Edson Paim)
Este comentário foi sugerido pela leitura da seguinte matéria, que empresta o título à presente publicação, adiante repetido:
  
  Lula Marques/Folha
Azedaram-se    as relações do PMDB com Dilma Rousseff. A um mês da posse, o partido e   a  presidente eleita flertam com a primeira crise. Escolhido por Dilma    para chefiar a Casa Civil, Antonio Palocci recebeu um aviso. 
Pode    ser resumido assim: ou Dilma aperfeiçoa o método de escolha de    ministros ou fará do PMDB um partido em chamas. No centro encrenca, está    o vice-presidente eleito Michel Temer. Marginalizado, ele começa a    perder o controle de sua legenda.
O    tempo fechou depois que Sérgio Cabral (PMDB) anunciou, no Rio, uma    novidade que acertara na véspera. Num encontro noturno com Dilma, o    governador fluminense emplacara como ministro da Saúde um de seus    secretários: Sérgio Cortês. 
Na    manhã desta terça (30), Temer foi recebido por Dilma e Palocci, na    Granja do Torto. Nada lhe foi dito sobre o preenchimento da Saúde. A    notícia lhe chegou como ao resto dos mortais: pelo noticiário da    internet.
Desmerecido    no seu papel de negociador-geral das nomeações do PMDB, Temer viu-se    compelido a desperdiçar sua terça-feira entre telefonemas e reuniões.    Compartilhou apreensões com a caciquia de seu partido.
Ex-detentor    de seis ministérios, o PMDB é espremido por Dilma em quatro pstas    (Agricultura, Minas e Energia, Cidades e Previdência). Mais duas    cadeiras cujos detentores não avaliza (Defesa e Saúde).
Participaram    das conversas com Temer, entre outros: José Sarney, Geddel Vieira   Lima,  Henrique Eduardo Alves e Wellington Moreira Franco. Os diálogos    entraram pela noite, num jantar servido na mesa de um restaurante da    Capital.
Terminado    o repasto, o repórter ouviu um dos grão-pemedebês que frequentaram    todas as reuniões. Ele fez um resumo das inquietações da legenda.    Empilhou as frases que recolheu durante o dia. Comentários azedos.
Vão reproduzidos abaixo, sem a identificação dos autores. As aspas respeitam rigorosamente o relato feito ao blog pelo interlocutor de Temer:
1.    “O PMDB inteiro colocou o Michel como depositário das negociações. De    repente, vem o Sérgio Cabral, que ocupou o morro do Alemão, e acha  que   pode ocupar tudo”.
2.    “Sem conversar com o vice-presidente, o Sérgio Cabral nomeia um    ministro. Foi o primeiro ministro que teve a nomeação feita fora do    grupo de transição”.
3. “O Michel e nós todos soubemos da notícia pelos blogs, na internet. O problema é mais de método do que de mérito”.
4.    “A ambição do Lula é que o José Alencar desça a rampa do Planalto com    ele. O PMDB quer saber se a Dilma deseja que o Temer suba a rampa com    ela”.
5.    “Do modo como a Dilma trata o Temer, fica claro que o papel do    vice-presidente no governo dela será o de alimentar as emas do Palácio    do Jaburu”.
6.    “Além repetir a barriga de aluguel que o Lula impôs ao PMDB ao nomear  o   [José Gomes] Temporão para a Saúde, o Sérgio Cabral quer vetar o    [Wellington] Moreira Franco [candidato de Temer à pasta das Cidades]”.
7.    “Ora, o Michel, sendo vice, não consegue nomear um ministro. O Lula,    pra agradar o Zé Alencar, criou um ministério extraordinário pro    Mangabeira Unger, que tinha chamado o governo dele de o mais corrupto da    história. Política é feita de gestos”.
8.    “Dizem que o PMDB tem a goela larga. Temos o vice, 79 deputados, 21    senadores. E o PT vai ficar com 18 ministérios. Nós é que somos os    fisiológicos?” 
9.    “Querem dar a Integração Nacional pro PSB do Eduardo Campos   [governador  de Pernambuco], tratado como o administrador do século. E   ninguém nos  informa: ‘Olha, vocês vão perder a Integração’.”
10.    “Os jornais informam que o PMDB vai perder as Comunicações. A  conversa  é  de que precisa moralizar os Correios. Os técnicos do PMDB  não  prestam. E  quem garante que, com o Paulo Bernardo, o PT não vai   entregar os  Correios a uma Erenice Guerra?”
11.    “A Dilma diz: ‘eu quero o [Nelson] Jobim na Defesa. De novo,  repetição   da barriga de aluguel. Tira todos os cargos do ministério do  Jobim   [Infraero e Anac]. E nós temos que engolir?”
12.    “Pra nós, dizem que os que perderam a eleição não podem chegar ao    primeiro escalão. O Fernando Pimentel, que perdeu em Minas, vira    ministro. Pra eles, do PT, tudo. Pra nós nada”. 
13.    “O PMDB, calado, sem fazer barulho, é chamado de fisiológico nos    jornais. Se é isso o que a Dilma quer, então ela que peça ao Sérgio    Cabral e ao Jobim pra garantir as votações na Câmara. Eles que se fodam    para arranjar os votos”.
14.    “A conversa da Dilma com o Michel não foi boa. Parece que querem    entubar o PMDB. O mal-estar está instalado. E começa a dividir um    partido que tinha chegado à união. Se continuar assim, vai dar merda”.
15.    “A Dilma está entregue ao Lula. Normal. Ninguém tá querendo que seja    diferente. Ela pergunta: ‘Queriam que eu conversasse com o DEM?’ Claro    que não. Mas com o PMDB não pode deixar de conversar”.
16.    “O PMDB fixou as bases: queremos manter o que temos. Resta à Dilma    dizer o que que deseja: ‘vem cá, o governo mudou, não dá pra ser isso.    Quero a sua compreensão. Tem aqui o Jobim e o sujeito do Cabral, dá pra    aceitar? Não tem a Integração e as Comnicações. Mas tem isso e aquilo    outro. Concordam?”.
17.    “No regime presidencialista, a participação no ministério tem um  único   objetivo: garantir apoio congressual. Do jeito que está, quem  vai   garantir, o Sérgio Cabral?”
18.    “Estão desmoralizando o Temer. O Palocci foi informado das coisas.   Cabe  a eles decidir como querem jogar. Alguma coisa precisa acontecer.   Como  está, não acaba bem. O PMDB não é barriga de aluguel”.
Escrito por Josias de Souza às 04h39
    
     
    
    
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